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Em educação ninguém nos passa…

  • Foto do escritor: Ricardo Felizzola
    Ricardo Felizzola
  • 19 de fev. de 2020
  • 2 min de leitura

Liga-se o rádio ou a TV aberta no Brasil e o que vem? Haveria uma expectativa de se ter um complemento educacional, algo valioso que se agregasse a cultura individual. Há música, dá até para achar coisas boas, mas não é o padrão. Há o esporte, quer dizer, o futebol em 90% dos casos, uma paixão que pouco educa, distrai apenas. Há novelas com pouco conteúdo educacional quando não o contrário, há “reality shows” onde uma amostra selecionada do nosso povo tem a oportunidade de mostrar quem somos na prática e dá pra ver o que falta. Ou seja, a média da comunicação aberta no país não ajuda nossa educação. Daí a busca por conteúdo nas redes sociais. Ali há o que aprender para quem não é passivo de uma programação dos meios tradicionais.

Em educação o Brasil se não é o último está ali por perto apesar de todos os recursos que se despende: são 49 bilhões de reais nas Universidades Federais por ano, 43 deles só em pessoal, com um custo por aluno formado em média entre o dobro e o triplo do custo de uma universidade particular. O total do orçamento do Ministério é algo em torno de 100 bilhões de reais. Na Educação básica são investidos pelo governo federal 24 bilhões complementados por verba de municípios e estados. Ou seja, há recursos significativos despendidos pelos contribuintes que deveriam ser compensados com mais retorno para o país. Entenda-se como retorno o nível médio de educação de seu povo que permita a ele conquistar avanços econômicos compatíveis. O conhecimento é o que vale na economia moderna. Dias atrás um renomado jornalista, em uma palestra, perguntou a plateia o que aconteceria com o Brasil se nossa população fosse trocada com a do Japão. Ele mesmo encaminhou uma resposta: não saberia o que ocorreria com o Japão preenchido por brasileiros mas com o Brasil, repleto agora de japoneses, se teria em 10 anos a maior potencia mundial. A causa óbvia é a diferença de educação entre os povos. Muitos criticaram o jornalista, no entanto independente do nosso orgulho de ser brasileiros, precisamos melhorar por que passa o tempo e nossa sociedade empobrece por falta de capacidade de acompanhar e processar um mundo de intensas transformações que exige pessoas educadas. Neste momento a gestão do processo de educação dos brasileiros é algo decisivo e cabe a todos participar de forma crítica para aprimorá-lo. No entanto o sistema reage de todas as formas alegando que o que está aí deva ser mantido. Só que o que está aí entra último, com a vantagem única de que ninguém nos passa…

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